Fascinação, fanatismo, deslumbramento, encantamento, sedução, admiração e atração são algumas das palavras que estão sempre atreladas seja por elos de aplicação ou significação. Pertencem, também, ao universo daqueles que provocam e incitam o imaginário popular nos diversos meios, inclusive o religioso.
Tratar a temática do fanatismo dentro das religiões não é tão difícil, porém, uma análise macro-globalizada com referências sócio-históricas sobre seus efeitos, demandam responsabilidade, embasamento teórico e técnico. Ainda sim, jornais e sites quase que diariamente noticiam conflitos, guerras, diásporas e enfrentamentos geopolíticos provocados pela fascinação das posições contrárias, a medida que cada grupo aponta um distinto interesse, calcados em definições econômicas e culturais que direcionam seus objetivos centrais: A dominação e a proposta de salvação.
Apesar de estarmos em um canal exclusivamente umbandista, não pretendemos realizar uma análise sobre o olhar que as demais religiões têm sobre a Umbanda. Também não devemos sempre que pudermos, assumir o papel de vítimas oprimidas, apesar de pertencermos à uma religião eminentemente de minorias.
A reflexão que propomos, parte da leitura da obra de P.J Pereira, A Mãe a Filha e o Espírito da Santa, um ambiente ficcional que retrata a biografia da personagem "Pilar", intrigante membro da história desenvolvida na trilogia "Deuses de dois Mundos". Com uma trama envolvente, que recomendamos a leitura, o autor caminha no universo das tradições religiosas e populares nordestinas, acrescentada de modelos pentecostais, filosofias orientais e empreendedorismo comercial. Sua personagem, atravessa um mar de dificuldades desde a infância, pois, já nasceu em meio à um mito. Seria ela uma menina anunciada, um espírito santo reencarnando na terra. Prato cheio para virar profeta!
Entre os diversos aspectos que o livro aborda, refletimos, sobretudo, acerca de falsos profetas arrebatadores de multidões cegas ao óbvio e entregues por um ato de fé nada normal.
Nos questionamos como esses "artistas" da fé conseguem persuadir pessoas não somente à segui-las, tampouco ofertando-lhes alguma quantia substanciosa retirada muitas vezes de seus próprios sustentos, mas, sim, como essas marionetes dedicam a vida por outras pessoas, supostamente dotadas de poderes e virtudes "divinas"? Aí o leitor responde: Coisa de livro, filme ou novela. Isso não existe. Para nosso espanto existe sim, é tão grave que está entranhado em nossa sociedade e para piorar está quase sendo banalizado. A exploração da fé, não se limita a persuadir apenas os entendimentos sobre o que é "Sagrado", vai muito mais além, roubam-lhe a vida, os pensamentos, a capacidade crítica de interpretar fatos. Roubam-lhes as almas.
Para que tudo isso ocorra, o profeta necessita de experimentação, treino, formação, talento e muita dedicação. Deve produzir feitos inéditos ou reeditar os grandes da história humana. Garantir a felicidade plena "tanto na terra como no céu". E quando seu discípulo desgarrar-se, deve produzir profecias maléficas a fim de amedrontar outros motivados ao desmonte. Quando o profeta cresce, ou ganha a projeção para fama, a partir de seu empreendedorismo, produz ramificações ou filiações, onde, ele acaba tornando-se CEO da fé. E isso amigos leitores, não é uma característica deste ou daquele setor. Infelizmente não. As promessas por obras divinas, verdades concretas e imutáveis estão em todos os meios, visto que, é eminentemente humana. Pessoas com aptidões, habilidades e talentos para extravasar procuram a industria da fé, ligada ao referencial do senso comum, meios para deixarem o anonimato e a pobreza.
E como combatemos isso? Deixamos a fé? Deixamos de frequentar os círculos religiosos? Deixamos a Umbanda? Entendemos que não! Definitivamente. Temos sim por bom senso e obrigação que nos atentarmos, estudarmos, cultivarmos os espaços e meios que o bom debate (jamais confronto) exista. Pois, somente através do desenvolvimento de características que preservem a análise e a avaliação sobre nossa própria caminhada, podemos entender o entorno. É urgente a reflexão dos abusos cometidos em todos os níveis, sobretudo na religião, a medida que ela ocupa significativa importância nas relações sociais, econômicas, políticas e educacionais.
Cultivarmos nossa fé não necessariamente é sinônimo de incompatibilidade social, tampouco deve ser o da dominação e salvação.
Pensemos nisso, é urgente!
Oxalá nos acompanhe ! Bom fim de semana !
A reflexão que propomos, parte da leitura da obra de P.J Pereira, A Mãe a Filha e o Espírito da Santa, um ambiente ficcional que retrata a biografia da personagem "Pilar", intrigante membro da história desenvolvida na trilogia "Deuses de dois Mundos". Com uma trama envolvente, que recomendamos a leitura, o autor caminha no universo das tradições religiosas e populares nordestinas, acrescentada de modelos pentecostais, filosofias orientais e empreendedorismo comercial. Sua personagem, atravessa um mar de dificuldades desde a infância, pois, já nasceu em meio à um mito. Seria ela uma menina anunciada, um espírito santo reencarnando na terra. Prato cheio para virar profeta!
Entre os diversos aspectos que o livro aborda, refletimos, sobretudo, acerca de falsos profetas arrebatadores de multidões cegas ao óbvio e entregues por um ato de fé nada normal.
Nos questionamos como esses "artistas" da fé conseguem persuadir pessoas não somente à segui-las, tampouco ofertando-lhes alguma quantia substanciosa retirada muitas vezes de seus próprios sustentos, mas, sim, como essas marionetes dedicam a vida por outras pessoas, supostamente dotadas de poderes e virtudes "divinas"? Aí o leitor responde: Coisa de livro, filme ou novela. Isso não existe. Para nosso espanto existe sim, é tão grave que está entranhado em nossa sociedade e para piorar está quase sendo banalizado. A exploração da fé, não se limita a persuadir apenas os entendimentos sobre o que é "Sagrado", vai muito mais além, roubam-lhe a vida, os pensamentos, a capacidade crítica de interpretar fatos. Roubam-lhes as almas.
Para que tudo isso ocorra, o profeta necessita de experimentação, treino, formação, talento e muita dedicação. Deve produzir feitos inéditos ou reeditar os grandes da história humana. Garantir a felicidade plena "tanto na terra como no céu". E quando seu discípulo desgarrar-se, deve produzir profecias maléficas a fim de amedrontar outros motivados ao desmonte. Quando o profeta cresce, ou ganha a projeção para fama, a partir de seu empreendedorismo, produz ramificações ou filiações, onde, ele acaba tornando-se CEO da fé. E isso amigos leitores, não é uma característica deste ou daquele setor. Infelizmente não. As promessas por obras divinas, verdades concretas e imutáveis estão em todos os meios, visto que, é eminentemente humana. Pessoas com aptidões, habilidades e talentos para extravasar procuram a industria da fé, ligada ao referencial do senso comum, meios para deixarem o anonimato e a pobreza.
E como combatemos isso? Deixamos a fé? Deixamos de frequentar os círculos religiosos? Deixamos a Umbanda? Entendemos que não! Definitivamente. Temos sim por bom senso e obrigação que nos atentarmos, estudarmos, cultivarmos os espaços e meios que o bom debate (jamais confronto) exista. Pois, somente através do desenvolvimento de características que preservem a análise e a avaliação sobre nossa própria caminhada, podemos entender o entorno. É urgente a reflexão dos abusos cometidos em todos os níveis, sobretudo na religião, a medida que ela ocupa significativa importância nas relações sociais, econômicas, políticas e educacionais.
Cultivarmos nossa fé não necessariamente é sinônimo de incompatibilidade social, tampouco deve ser o da dominação e salvação.
Pensemos nisso, é urgente!
Oxalá nos acompanhe ! Bom fim de semana !