Neste novo encontro, a coluna Diálogo com Autores, apresenta o Fernando ou Pirro D'Obá como também é conhecido. Idealizador do blog UTHIS!(Umbanda, Tradição; História e Sociologia). Em seu site, Pirro D'Obá, discute a Umbanda sob as perspectivas históricas, filosóficas e sociológicas, reflexões que fora dos centros acadêmicos não são tão comuns - mas que se registre, fazem uma falta danada - já que a grande maioria dos veículos de informações preocupam-se com outros teores de abordagem, fruto, sobretudo, das expectivas de seus simpáticos.
A admiração e o respeito pelo trabalho que é desenvolvido no Uthis é profunda, a seriedade e preocupação em não banalizar os temas relacionados a Umbanda são características raras neste complexo meio que circulam os adeptos. Temos ainda, a satisfação de algumas publicações nossas comporem uma pequena parte de seu acervo. Além da nova relação de parceria entre os canais.
Segue um diálogo leve, um pouco diferente dos demais. Leia, relaxe e principalmente relativize as informações. Nosso intuito maior, é provocar a semente da curiosidade, da crítica e da reflexão. Confira!
NMU- Conte-nos
um pouco, como foi seu início na seara umbandista? Está participando de algum
grupamento no momento? Se sim, quais as atividades desempenha?
Pirro D'Obá - Eu fazia capoeira na adolescência (entre os 11 e 15
anos), e o mestre era filho de uma casa de Umbanda. Então eu e colegas do grupo
participávamos com frequência de festividades de Cosme e Damião, Pretos Velhos,
Ogum. Porém, era apenas um apresso que eu tinha; ficava curioso, aquela
manifestação religiosa mexia muito comigo. Gostava das preleções, de quando
alguém explicava algo sobre as imagens de Santo e Orixás, e a simplicidade
daquilo tudo que remetia a algo mais leve em relação as religiões dos meus pais
(judaísmo e Catolicismo). Depois só que fui entender que eu frequentava um
terreiro misto, que trazia elementos do Candomblé e da Umbanda num mesmo
cenário, era algo mágico pra mim, aquilo me fornecia um certo sentido
metafísico.
Numa festa de Cosme e Damião aos 18 anos, me senti
mal, e uma mulher chamada Sueli, me acolheu e me levou para perto de um Erê, e
ali eu tive uma manifestação, comecei a chorar e me senti profundamente
emocionado. Logo depois da festa, essa mesma mulher perguntou se não queria
começar ir no terreiro dela, eles iam começar a dar um curso “gratuito” de
magia e faltava apenas 1 pessoa para completar os 7 que elas iniciariam. Eu
fui, e ali conheci a Umbanda Sagrada de Rubens Saraceni. A Sueli acabou
falecendo, o terreiro precisou ser fechado, e eu segui com os cursos de magia
até completar os 21 graus em outras instituições. Fui
filho do terreiro em Guarulhos, Casa de Caridade Pai Xangô do Pai André, onde
vivenciei uma Umbanda mais tradicional baseada nos ensinamentos de Zelio e
Ronaldo Linares. E tenho, junto com outros irmãos, um grupo chamado Oca dos
Capangueiros, onde nos reunimos de maneira mais plural para celebrar
festividades em datas comemorativas da Umbanda com atendimentos e consultas. E
o UThis que hoje, além de ser um site na internet, acabou virando um centro
cultural onde nos reunimos para saraus, palestras, musicalidades e propagação
da Umbanda como mensagem cultural e social, além claro de ser um local de
atendimento caritativo umbandista.
NMU- Em
seus escritos, publicados no Uthis, percebemos uma ideia muito clara de
comprometimento com a qualidade dos textos. Como nasceu a motivação pela
escrita, sobretudo, de temas ligados à Umbanda? Seu espaço conta com mais
colaboradores?
Pirro D'Obá- Saí muito cedo de casa, aos 18 anos estava morando
só e tinha um perfil rebelde nessa época, gostava de andar na Praça da
República e na Galeria do Rock em São Paulo, e ali encontrei alguns Hippies e
Punks que liam muito. Eles eram bem mais velhos, não se entregaram ao sistema
que vivemos e me ensinaram muito, me deram dicas literárias. Nessa época
conheci Nietzsche, José Saramago, Sartre, Albert Camus, Gramsci, Foucault,
Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes, entre outros. Foi uma mistura que me abriu
inúmeros horizontes e muito cedo consegui me soltar em relação a preconceitos.
Tinha uma banda de rock onde precisava escrever letras, e meu primeiro contato
com a escrita foi aí, unindo literatura, rimas, e o conceito de “contra
cultura” do punk rock.
Comecei a escrever sobre Umbanda só posteriormente,
quando iniciei na faculdade de Sociologia e Política, onde todos os trabalhos e
apresentações eu procurava pegar a Umbanda como pano de fundo para construir
minha argumentação. Desses trabalhos saíram textos como “A origem da religião,
o bem e o mal, e o livre arbítrio” e “Utopia Umbandista”, ensaios que percebi
causarem um determinado incômodo nos professores e nos ateus que tinham aos
montes em minha sala... Então decidi montar o Uthis, onde teria um espaço para
expor essa mistura literária entre ciências humanas e Umbanda e que auxiliasse
no meu próprio processo de empoderamento e de outros irmãos dentro da religião.
Conto com o apoio de dois irmãos nesse projeto, que me auxiliam com questões
tecnológicas (html), pesquisa, e seleção de conteúdo... E conto também com
apoio de minha namorada que estuda comigo e me aguenta nas minhas loucuras,
principalmente no processo de composição de texto rs...
NMU- Como
é sua relação com os leitores? A repercussão das publicações são positivas? Em
algum momento sofreu “ataques” por expressar sua opinião ou visão acerca de
algum tema?
Pirro D'Obá- A relação é ótima, o projeto cresceu de uma forma
que eu não esperava, o número de acessos ao site duplica a cada mês, as curtidas
da página a cada dia me impressiona mais, e tudo isso sem patrocinar as
plataformas como Facebook ou google. Tudo de maneira natural. Acredito que as
pessoas percebem que tudo o que faço é realmente de coração, onde só abordo
temas em que me sinto confortável em tratar, me policio muito para não cometer
erros de pesquisa e se os cometo corro logo para ajustar. Existe uma sinergia
muito gostosa com esses leitores que não buscam apenas a doutrina, a receita de
uma mandinga, o significado, mas algo mais, um senso humanista e filosófico
sobre a Umbanda. Já sofri ataques sim, tanto de pessoas de outras
religiões como de gente da própria Umbanda. Percebo que o foco da crítica está
no fato de que pro Uthis não existem limitações, procuramos fornecer ao leitor
uma catarse realmente, uma epifania que seja capaz de transmutar o nível de
consciência social do indivíduo tanto de maneira pessoal quanto coletiva. Isso
incomoda, pois tem gente que barganha com a ignorância dos recém chegados na
Umbanda, fornecem cursos de teologia umbandista, magia, de mirongas, de exus,
tudo com um custo que se as pessoas tivessem senso crítico com certeza não
pagariam.
NMU- A
tecnologia democratiza e populariza as manifestações, nós de alguma maneira
estamos aqui, provando isso. Como produtor de informação, qual sua avaliação
acerca da qualidade e responsabilidades dos canais ligados a Umbanda? Reconhece
em parte ou eventualmente, aqueles que reproduzem apenas com objetivo de
comercialização?
Pirro D'Obá- Tem ótimos canais na internet que falam com
propriedade e senso crítico hoje, o próprio canal de vocês é ótimo, me
influenciou muito sobre a forma de pesquisa e exposição do conteúdo, já disse
isso em outras ocasiões. O canal do Douglas Rainho (Perdido em Pensamentos) é
ótimo, com a acidez necessária para fazer muita gente refletir sobre temas da
espiritualidade e da Umbanda, e se desgarrarem de “tabus” que ainda permeiam
nosso meio. Temos intelectuais com Sid Soares e Pablo Araújo que em suas
páginas do Facebook estão sempre trazendo uma reflexão pertinente e muito
profunda a respeito de questões existenciais do umbandista e da espiritualidade.
O canal do Pai Paulo Ludogero, eu admiro demais também, de maneira simples
aborda temas complexos e sem aquele folhetim demagogo que se esquiva de temas
realmente polêmicos, o cara vai pro embate mesmo. Entre muitos outros, tem
canais ótimos. Porém temos canais com uma outra tônica que não vejo de maneira
tão positiva assim, tem gente que claramente está nesse jogo pela rentabilidade
financeira, dizem que o dinheiro é pra custear o “EAD”, que é pra pagar o
funcionário, mas a lucratividade está explícita em diversos pontos.
NMU- Ainda
na questão tecnológica, como enxerga os cursos de formação umbandista? Teve
experiências em algum?
Pirro D'Obá- Ah sim. Curso de Umbanda “pago” (seja de qual
segmento for) pra mim é anti ético. E tem canais aos montes fazendo isso.
Adotam a estratégia de atrair neófitos com mecanismos das mídias sociais, com
mensagens de que ali a caridade, o amor e o bom senso imperam, e de repente
começam com aquele inchaço de anúncios patrocinados de cursos de Umbanda em
suas mais variadas ramificações. Isso está errado, e tem gente enriquecendo sim
com isso, e falo com propriedade, pois sei que muitos que estão nessa vida
pararam com seus trabalhos formais para viverem de renda com esses cursos (e
não vivem mal não hein). E olha, deixo explícito que não sou contra cursos
não, estudar é importante demais. O que encaro como anti ético é cobrarem
mensalidade por um conteúdo intrinsecamente religioso, que pode-se doar de
graça e contribuir para expansão de consciência de todos (inclusive de quem não
tem dinheiro para custear um curso desse). Os cursos ligados diretamente a
Umbanda que fiz sempre foram presenciais e gratuito, inclusive os de magia
ligados a doutrina do Rubens Saraceni. Curso pago tem que ser ligado a outras linhas como:
mentoria, mediunidade, empreendedorismo, espiritualidade, tarot, entre outros,
mas vender cursos de Umbanda, pegar o conteúdo de um livro e transferir para um
vídeo e vender como produto manufaturado, é algo feio que só funciona realmente
com neófitos. Se analisarmos veremos que umbandistas mais calejados preferem
montar um grupo de estudos, disponibilizar o conteúdo em plataformas gratuitas
na internet. Cobrar é errado, e sou (como muitos outros irmãos) um fundamentalista
em relação a esse assunto, escrevi um texto chamado “Mídias Sociais e a Umbanda” onde retrato sobre esse tema, uma espécie de teologia da prosperidade
protestante tentando se enraizar na Umbanda, que é uma religião avessa a esses
conceitos.
Eu mesmo fui convidado a dar curso de magia do fogo
numa instituição. Quando vi que eles cobrariam R$120,00 do iniciado eu pulei
fora. Como cobrar de uma pessoa por um conteúdo que a mãe Sueli me forneceu
gratuitamente? Não, prefiro iniciar pessoas mais próximas, sem esse cunho
monetário... Vender religião, doutrina, códigos, isso está errado. Me deram a
ideia de montar um curso de teologia de Umbanda no Uthis, também pulei fora.
Depois de muito pensar, preferi dar aula de filosofia mesmo que é a minha praia,
minha formação acadêmica me permite a isso, onde em nenhuma aula falo de
Umbanda diretamente. Pois sobre a religião umbandista, eu falo e propago
conteúdo de graça no Uthis.
NMU- Levando-se
em consideração as diferentes maneiras e ritos presentes nas
manifestações umbandistas, geralmente fruto da formação cultural de seu
dirigente e das entidades “Dirigentes”. Como você avalia essa realidade de
múltiplas facetas tão própria da Umbanda? É a favor que se padronize os cultos,
como já tentaram algumas correntes dentro do movimento?
Pirro D'Obá- Não sou a favor da padronização de ritos e cultos.
Acredito muito na lei dos padrões vibratórios que se atraem. Meu padrão
vibratório de repente pode me levar para uma casa de Umbandomblé e em
determinado momento eu me sentir melhor numa outra casa de Umbanda Tradicional.
Temos que valorizar essa pluralidade, e esse livre trânsito. Acredito que o
fato do ser humano ser uma espécie que não sabe lidar essencialmente com a
pluralidade, faz surgir movimentos de unificações que tentam simplificar o que
é “complexo”. Porém, sistema de crenças é complexo mesmo, sempre foi,
qualquer cientista social sabe que ao estudar uma religião achará processos
delicados, ramificações, bifurcações, paralelos. Acho que temos de nos preocupar
em melhorar a metodologia de análise de nossa pluralidade religiosa; tentar
simplesmente unificar ao meu ver é negligenciar isso. Uma pessoa que se
apresenta como sacerdote precisa ser um teólogo antes de tudo, que estude desde
religiões védicas, habraamicas, xamânicas, até as ramificações de matriz afro
no Brasil (e no mundo), espiritualidade e sequentemente as “Umbandas dentro da
Umbanda” (tem um artigo ótimo do Renato Guimarães sobre isso).
NMU- No
seu texto “As opiniões e a nossa Essência”(excelente por sinal), você propõe ao
leitor uma reflexão quanto a importância de buscarmos algo para além daquilo
que o mundo espera que sejamos. Um exercício fundamental decorrente de uma
visão “desnudada”- fazendo referencia ao termo utilizado – do mundo dos
estereótipos. Em sua opinião, quais as maiores barreiras para que as pessoas se
encontrem neste sentido? Não seria necessário que nós tivéssemos pensamentos
reflexivos e críticos para esse despertar? E disto isso, teríamos também as opiniões
sem nos importarmos com as consequências delas?
Pirro D'Obá- Para Carl Gustav Jung, na modernidade nós
aprendemos que a razão e seu pleno uso nos traria uma sensação de controle a
respeito das coisas e da nossa própria vida. Obviamente esse conceito (que
imperou entre os séculos 17 e 19) não deu muito certo, tivemos avanços
tecnológicos sim, mas o ser humano continuou com as mesmas ranhuras da espécie,
que nos atormenta desde eras ancestrais. Jung diz que essas ranhuras se
potencializaram com a modernidade, pois ao querermos utilizar a razão deixamos
outras camadas de nossa psique em desuso ou pouco desenvolvidas. Queremos ser
conscientes, lógicos, pragmáticos, porém, nessa ânsia adoecemos, perdemos a
conexão com o que é nosso “em totalidade”. Muitas das tormentas contemporâneas
surgem por conta disso. Não valorizamos nossos sonhos, nossas intuições, nossos
presságios, nossas sensações, tudo isso por eleger a razão como mantenedora de
uma ordem utópica das coisas. Tudo o que é racional depende de terceiros,
depende da nossa convivência com os outros, dos livros que lemos, das aulas que
assistimos, da educação que tivemos, mas, e o resto? Vemos muita gente com
senso crítico apurado, que leram inúmeros livros, tem ideologias e convicções
convincentes, mas que ao chegarmos perto podemos perceber que estão deprimidas,
seguiram a ordem lógica das coisas e esqueceram-se de si, esqueceram da arte,
da poesia, de exercer outras potências subjetivas, da alma. Penso que é
necessário não cairmos nessa cilada da racionalidade. A razão é apenas uma das
camadas de nossa psique que podemos utilizar, mas a sensação, o sentimento e a
intuição são importantes também, nos auxiliam a desnudar. As opiniões de
terceiros não teriam tanto impacto sobre o nosso ser se buscássemos essa
amplitude. A capacidade de fazermos o bem para o próximo não surge apenas na
educação racional, exercitar nossa sensibilidade traz a capacidade de ter
alteridade também com o próximo. Moralidade e ética são absorvíveis ao ser
humano em seus diversos canais psíquicos e simbólicos e não só pela razão, mas
ao colocarmos apenas ela como premissa de vida, podemos nos “rasurar” achando
que estamos nos desenvolvendo, dando importância demais para o externo quando
que na realidade temos um oceano dentro de nós clamando para ser ouvido.
NMU- Trazendo
a reflexão para outro rumo, aquele ligado ao ser histórico e social que todos
nós, invariavelmente, somos. Outro texto nos chamou muita atenção “ A Umbanda não se adapta ao umbandista; é o umbandista que se reforma com ela”. Há muita
clareza em sua crítica sobre os “empreendedores” da fé que, infelizmente,
também estão na Umbanda. Ao que relaciona o sucesso deles? Ausência de
criticidade dos fiéis ou extrema habilidade dos que conduzem?
Pirro D'Obá- Tem uma passagem que diz: "...A quantidade de
Charlatães vendendo "Deus" não me assusta. O que me assusta é a
quantidade de pessoas que se dispõem a comprar o "Deus"
deles..."
O umbandista contemporâneo, que tem mais anos de
chão; esse cara não cai nessa lorota mercantilista. Quem cai nesses merchans que
deixam a Umbanda com um ar mercadológico é o novato, é a pessoa que está
chegando agora que esses mercantilistas estudam muito bem para ter como um
público alvo. Não à toa eles patrocinam seus anúncios na internet vendendo
curso de Umbanda a torto e a direito. O umbandista “macaco velho” não se
inscreve, até porque a vida dele se oxigena ao ir no terreiro, estudar com a
comunidade, ter uma vida social baseada nos seus semelhantes, em ver o doente
curado, o desempregado empregado, e não em fazer o outro ficar rico a custa da
minha busca espiritual.Com os novatos, os mercantilistas pintam e bordam,
atraem, seduzem, fornecem o curso e no fim das contas aquele mesmo novato
percebe que o conteúdo que ele pagou para adquirir está (e sempre esteve)
disponível em outros canais na própria internet e de maneira GRATUITA. Umbanda
não precisa de professor, a Umbanda precisa de umbandista. Um umbandista
compromissado com aprendizado explora a internet para que seu conteúdo chegue
em camadas diversas, auxiliando no aprimoramento da religião e dos adeptos.
Porém, tem quem cobre e tem quem pague, não existe oferta sem demanda.
NMU- O
olhar crítico e a reflexão, são características indissociáveis da leitura e
pesquisa. Quanto aos livros e autores, existe algum que não recomendaria? Por
quais motivos?
Pirro D'Obá- Olha, até em leituras negativas aprendemos algo,
temos ali a oportunidade de lidar com uma perspectiva contrária à nossa visão
de mundo, e dessa forma praticar a dialética em seus 3 passos: a tese, a
antítese e a síntese. Mesmos as leituras que eu não gostei eu recomendaria por
esse exercício dialético que nos trazem.
NMU- Poderia, como já fizeram
outros entrevistados, registrar uma lista “TOP 10” de livros umbandistas?
O espiritismo, a magia e as 7 linhas de Umbanda –
Leal de Souza
Malungo - Decodificação da Umbanda – Dilson Bento
Umbanda de Todos Nós – Matta e Silva
Umbanda e o Sentido da Vida – Alexandre Cumino
Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi
Umbanda e o Meio Ambiente – Giovani Martins
História da Umbanda no Brasil – Diamantino Trindade
No Mundo das Umbandas – Site ótimo que me serve
como livro
Textos de Sid Soares - Que me serve como livro
Textos de Pablo Araújo - Que me serve como livro
NMU- Agradecemos a oportunidade
de proporcionar ao blog e aos leitores que nos acompanham, a possibilidade de
entendermos mais aspectos que fazem umbandistas, como você, e por todo o país,
pesquisarem e escreverem sobre a religião. Neste último momento oferecemos
espaço, sem qualquer limitação, para deixar um registro aos nossos simpáticos e
amigos leitores...
Pirro D'Obá- Primeiramente agradeço o espaço para troca de
ideias. Isso é necessário.
A Umbanda não precisa de uma unificação dos seus
cultos, precisa sim de união dos indivíduos que praticam e falam sobre os mais
variados tipos de cultos, com respeito, serenidade. Dessa forma a pluralidade
se integra, gera ideias, reflexões, e isso que é o mais bacana, saber lidar com
os caminhos da liberdade e não buscar amarrar a liberdade em unificações que ao
meu ver mais engessam do que produzem.
A Umbanda é ela mesma, não precisa mudar e nem se
adaptar aos novos tempos, pois quem está atrás de evolução somos nós seres
humanos, a Umbanda nos ajuda nesse processo. Como cada um toca seu ritual é uma
questão de doutrina e estudo, não é meia dúzia de pessoas com um documento na
mão que dirão o que é ou deixa de ser a “prática de Umbanda”. É preferível
lermos intelectuais e estudiosos no assunto, que respeitam a diversidade. Dialogar sobre a Umbanda é ótimo! Crescer tendo a
Umbanda como Mãe e Parceira é maravilhoso.Que essa revolução digital traga muito mais
conquistas para nós umbandistas, que a Umbanda seja respeitada socialmente e
que o preconceito seja um assunto passado, essa é a utopia que sonhamos.
Sou grato a cada pessoa que acompanha nosso
trabalho no Uthis e que Oxalá abençoe a todos.
Um grande abraço a você Felipe, que admiro muito!